sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Grande Amor

















Nos dias de guerra e chuva
de papel picado na rua,
há um torvelinho aberto por uma boca feroz
para arrastar o sino até a foz.
As mazelas da Nova Ordem parecem velhas
como são velhas as façanhas festivas
acesas no braseiro do céu
e a garantia do arsenal das ogivas
que coloca famílias no banco dos réus.

Porém, a paz está preservada no vento vadio,
que evolui além de Israel
e participa da manhã nas colinas de Golã.
Esse vento anônimo,
muito além dos poderes atômicos
dos grandes blocos econômicos,
chega com os pés macios,
como se não lhe houvesse um rumo
definido no mundo.
Chega descalço das falanges do infinito
num testemunho,
e é como se a eternidade
estivesse presente a cada segundo,
confirmando o oceano superior
acima dos possíveis planos,
que por egoísmo ou por engano,
não percebam o Grande Amor.

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