sábado, 14 de junho de 2014

A bola


















Para o Sol, que é a bola do futebol,
não há chute fútil,
não há chute fácil.
A rede do time adversário
é parte imprescindível do espetáculo.
É lá que ela, a bola, busca o tempo
todo amanhecer através dos pés
ao desenhar-se como se fosse o pão
na fome de se atingir a meta.
Torna-se, assim, para o alvo, a seta.
No suado trajeto que é traçado
é como se o universo, reinventado,
estivesse reduzido a um retângulo
e o movimento dos astros,
como que brindando-o,
organizasse uma festa neste cenário.
E assim, rola a bola pelas laterais e no meio,
voa de um ponto a outro de todo jeito,
buscando o destino do corpo,
e desenha-se no anseio
para a cabeça ou o peito que a amortece
num diálogo de quem a conhece.
De repente, no passe
criado no lampejo de um segundo,
amanhece outra vez o mundo
quando a rede se ilumina.
É gol!! Que jogada linda!!!Chegou o novo dia.
Podemos, agora, extravasar a alegria.



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