o musgo de um carvalho e
as favas da baunilha.
A esperança, essa vadia,
é muito velha e muito bela e,
quando se faz de doce, caramela.
Dança no centro da língua
na glândula salivar,
digerindo quem morreu à míngua
e foi parar no ar
porque há esperança, ainda,
para ele se levantar.
Eu me sujo de terra porque
sou repleto de bulbos plenos
de primavera.
Afinal, é nas palavras
que as flores e a esperança,
enfim, amanhecem.
As palavras e seus elixires
recitam fórmulas velhas
muito ouvidas e desejadas,
guardadas em vestíbulos
e, em pedidos, usadas.
As flores guardam seus pendores
debaixo da terra e a sua voz, em
algum ourives, reverbera.
Reverbero no olhar de musgo
o doce da esperança porque
sinto-me lúcido e quem espera
sempre alcança.
.
sempre avança
ResponderExcluirmesmo que serenamente
abs bispo
Grato, mano. Você também. O seu blogue está muito bonito. Grande abraço.
ResponderExcluirLa pequeñez de un pequeño saltamontes. La pequeñez de quien sabe la primavera y la sorbe. La pequeñez que es grande, tan grande.
ResponderExcluirAbrazo, grande, Bispo.
Aqui no Brasil, chamamos o saltamontes de esperança porque ele tem (tradicionalmente) a cor verde do broto, da novidade, do viço e tudo o que é novo tende a desabrochar para vida. Abraço grande, Núria!
ResponderExcluirOtro para ti, Bispo. Me gustan los saltamontes.
ExcluirEu também, Núria. Eu também. Saltar montes é uma grande virtude pra qualquer um. rs. Abraço grande.
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