O homem que mata
e come,
tem a escrita do
seu nome
na tripa de um
abdome.
Tem na cápsula
de ar comprimido
a salvação do
mal adquirido.
Tem na espátula,
o movimento da mistura
para cimentar lacunas do intestino,
onde gritam os
ácidos pelos
alimentos ingeridos.
No almoço
ordinário, possui o almaço vago
onde saltam os
nutrientes
numa fila de
pára-quedistas indigentes.
Porém, quando a
dor avermelha-se,
imagina que o
estômago é usina
movida não
somente a combustível
de vitaminas, mas,
pelos estrondos
de um armazém em
incontáveis vinténs.
Ao comer comida,
esquece que também comeu
palavras e
sonos que latejam insetos aos berros.
Apalpa-se
agônico, buscando amparo
na perambeira de
um desmaio
porque de tudo encheu
sua barriga
e germinou ratos
numa algazarra irrompida.
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