sábado, 6 de abril de 2013
Meu amor
A roupa do meu amor é industrial:
polietileno de esperança, plástico verde
embrulhando torres de flores e,
na manga, o valete de copas.
Faz o meu amor viagens de comércio
à Via-Láctea e depois, na volta,
imposta-se em seu escritório
revirando coragem e desfiando
polígonos de sentimentos inexplorados.
Ama o meu amor a caneta do minuto manco
alçando voo para dentro de outra visão.
O seu dia-a-dia é misterioso,
metros de gosto exposto onde há mudez,
cidades coloridas, cadeiras mancas de teorias.
Porque a imagem de rio é algo belo
formando uma televisão, meu amor canoeiro
é todo cinema, movimento e estrada
de caráter pulsante formando engenho e coração.
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Um amor assim estranhamente esquisito parece mais que possível!
ResponderExcluirNavega pelo comércio, mesmo o dos corações, como diria Brás Cubas, mas acaba nas águas vibrantes da emoção.
Gostei demais dessa desconstrução produtiva :)
beijo
Grato, Lelena. Saudades de você! As águas da emoção são caudalosas e comportam sopas de letrinhas, não é mesmo? Rsrsrsrs. Beijocas.
ResponderExcluirSi tu amor es un río, lleno de curvas, de la luz de la Vía Láctea, de colores y de caderas... ¿qué más puede pedirse? Es un amor de mar.
ResponderExcluirCom toda a certeza, "mujer de la mancha", sempre digo que tenho o coração marítimo e os braços de montanha. Grato pelo carinho. Abraços.
ResponderExcluirUna muy bella descripción: corazón marítimo y brazos de montaña... preciso autorretrato.
ResponderExcluirMuito agradecido, "mujer de la mancha"! São os braços de candelabro (que querem abraçar a tudo) e o coração espalhado como o horizonte marítimo. Beijocas.
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