Perguntei ao fadista sobre a minha fortuna
e, enquanto perguntava,
uma fagulha de esperança precipitou-se ao chão
apagando o mapa das minhas mãos.
Turvou, embora
tornasse atrativa, a minha estrada,
e passei a buscar coisas atrás das moitas
- do medo, brotou um pé de desejo.
A árvore cresceu numa escadaria
em forma de búzios e búzios
em forma de galáxias
(e a pobre bruxa vazou veneno
ao apagar-se por dentro).
Batizei, então, de coragem o meu fiapo de fúria,
minha glória de medir forças
com montanhas imaginárias.
Tentei fazer de cada momento algo extraordinário.
No escuro de hulha, arrisquei o salto
antes de fabricar na chuva o sapateado.
Para uma vida em nada segura,
aceitei sua beleza oculta,
e adotei à noite os olhos da coruja.
.
Me ha recordado al viejo conjuro gallego que se recita cuando se toma la queimada: bruxas, curuxas.. esos ojos que indagan y buscan.
ResponderExcluirAbrazo grande, de mar.
Sou apaixonado pelo galego e pela cultura espanhola, de uma forma geral. E, sim,as bruxas e as corujas sobrevoam na noite soturna. Abraços marítimos de españa!
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