Candonga mexerica fica, fica,
fazendo narrativa todo dia
das coisas que acontecem mundo afora,
da nuvem que vagueia sobre a aldeia
no telejornalismo dito e escrito.
No corpo da notícia que importa
há sempre um interesse de cartola
e o dedo gerencia o que cita
e o que se silencia ou se esconde
aonde alguma fala não responde.
E assim a mexerica candongueira
engana com seu cheiro maquilado
do que se vê vazado na peneira
pra quem se acomoda confortável
em seu sofá de sala, escutando
o que a TV lhe conta sobre o dia
das coisas de Brasília e do Senado,
da fala teatral do deputado
que na ideologia se afirma
o grande herói da pátria flagelada,
mas povo não é égua, não é bobo,
e sente o cheiro falso da mentira
e faz da rua a casa em que habita
na força que desmente a mexerica.
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