domingo, 12 de maio de 2013
LÍRICA
Para Líria Porto
Ai, menina, recolho-me à tua janela
nas tardes de hemoglobina,
em noite chuviscosa,
na manhã da estrela d’alva.
Ai, poesia, tua madeira inventa
na beira do vento na eira das casas
um só movimento:
o passarinho macio voluteia,
a lua sussurra um segredo,
e tu, amiga, gotejas inteira.
Ai, mas que linda! Por um momento
hospedei-me em tua casa fiquei
impregnado de palavras.
Ai de mim! Elevei-me te observando de cima
e, da altura plausível, toda possibilidade
guardou-se unificada assim:
um poema feito palma de praia e da mão,
bacia de rio, corpo de estrela, tronco de árvore,
encontro de rodovia.
Então, amiga, cumprimento
o enigma volumoso em meu mar de lira
e deduzo: um poema é igual a um problema,
mas um problema bom que só ele.
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E eu saio impregnada de pétalas...
ResponderExcluirBeijo, meu amigo!Beijo, Líria!
Vocês merecem, Adri! Saudades de você! Beijocas
ResponderExcluirpelo poema pra uma musa linda.
ResponderExcluire nada mais a dizer.
só me deleitar.
besos.
Grato, mano. E que a Líria continue nos inspirando. Abração.
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