sábado, 20 de abril de 2013
Esmeralda
Ah! Agora sim, arranjaste uma Esmeralda.
Mas, cuidado! Ela está se tornando uma segunda-feira.
É preciso mais colorido, mesmo que seja de vidro.
É preciso mais segredo, mesmo que seja de fingimento.
É preciso mais predicado, mesmo que tudo esteja aparente.
Tua Esmeralda não será troféu, não será escrava,
não será vitrine, não será inigualável em virtudes
pois em tudo há rutilâncias e ruídos,
em tudo há a elaboração vulcânica das forjas
que alimentam as horas. Há, acima de tudo, o processo,
a bem-aventurança que nos concede a liberdade do erro.
Anda com tua Esmeralda, mas não te iludas.
Para tudo há tempo de existir.
Para tudo, o tempo maturo concederá a vez do luto.
Então, tua Esmeralda terá sido deveras verde
apesar das falhas e frestas,
deveras valiosa, apesar das asperezas,
deveras Esmeralda, apesar dos amarelos.
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luz ilusão
ResponderExcluirjoia sensível
exige polimento cuidadoso
parabéns pelo aniversário mano
isso sim. Grato pelo comentário e pela lembrança, mano. Abração pra ti.
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ResponderExcluirLembrei mesmo foi das esmeraldas da minha infância. Lindas, brilhantes e falsas. Mas de uma falsidade exuberante. Anel de baleiro, saudades...:-)
Beijos, Bispo. Muitos anos de vida plena.
"deveras Esmeralda, apesar dos amarelos."
ResponderExcluirMuito bonito, Bispo...
Abração, poeta.
Querida, grato pelo carinho. Que vamos de mãos dadas como dizia Drummond, naquele rumo dos encantamentos. Beijocas.
ResponderExcluirRamúcio, querido. Bom receber sua visita aqui, poeta. E iva a força verde! Abraços, mano.
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