quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Estória de bairro













ponte, serpente:
céu da boca beijado
amor apressado

esteve ausente
o sargento fardado
do antigo sobrado

e aí, de repente,
ao chegar de viagem
à noite, cansado

tirou da sua frente
a densa folhagem
que havia plantado

sacou do revólver
fazendo uma poça
com um só disparo

matou a esposa
e também o amante
que estava deitado.


.

8 comentários:

  1. uma crônica de costumes feita de filmes que eu vi.

    beijão,BF.

    r.

    ResponderExcluir
  2. Perfeito, Bispo!!!

    Essa moça de Queluz aqui amou...
    É de Ouro Preto a foto?

    P.S. Adorei o objeto direto preposicionado(hehehe).
    Saudades de ocê!

    ResponderExcluir
  3. História forte. Como tantas que guardo nasa memórias de bairro que tenho. E os Meninos de São Raimundo? Aguardando ansiosa.
    Beijos

    ResponderExcluir
  4. Mano Beto, também vi, talvez, esses mesmos filmes trágicos que você. São aquelas lembranças do velho "san remo" que carregamos pra sempre. Vai aí então uma tentativa de registro. Abraços.

    ResponderExcluir
  5. Taninha, pois é: essa aí foi tirada do bau do São Raimundo. O livro está em fase de "finalmentes". Grato pela sua força e motivação, principalmente no facebook. Você é uma querida! Beijocas.

    ResponderExcluir
  6. Adriana Aleixo, grannndes saudades de você também, moça de Queluz de Minas! A foto é de Tiradentes, para ilustrar o "sobrado" assombrado do personagem. Beijocas

    ResponderExcluir
  7. Mano, gato pela visita. Aqui estamos novamente. rsrsrs. Abraços.

    ResponderExcluir

Reverbere!