Cavalgo quase
me sucumbindo de tanto cansaço
por tantos
girassóis que habitam o meu sono pesado.
Minha poesia é
feita disso: desse cansaço,
desse galope em
forma de soluço,
dessas fendas
na miragem que descerram-me
às vezes o seu
poço oculto.
Desde o início
eu sempre quis saber
o que se
escondia nos abismos,
e olhava para a
treva fazendo dos meus temores
espanto e
encantamento para a alma do poeta.
Assim dou
graças porque a substância da alma pesa
mas os
girassóis brilham e, com eles,
apesar de
cansado, eu versejo.
Em cada verso
há uma parte de mim acordado.
Há esta voz
cheia de ar e telhados
com a qual me
arrasto e me liberto.
.
difícil é ler a poesia do Bispo Filho sem ser arrastada para o Mundo de Alice. a magia acerta a gente de cheio...é tão bom...
ResponderExcluirBispo, bom olhar o abismo através dos teus olhos. No fundo, no fundo, os poetas são aqueles que traduzem as profundezas para os que temem ir até beira e olhar no fundo. Há uma libertação também de quem o lê. Grande o poema e o poeta.
ResponderExcluirBeijos,
então a gente quer saber para se sentir mais seguro ou com menos medo, quer saber para seguir adiante ou voltar atrás, quer saber para ter pilares sob o telhado, quer decidir com a própria cabeça para não errar e não magoar o lar e o coração.
ResponderExcluirquer, mas quase nunca consegue, porque acorda, mas tão de verso em verso, que muitas vezes se perde.
Beijo
poeta,
ResponderExcluira substância da alma é feita de ferro.
é por isto que a consciência pesa.
e os anos pesam.
alma que versa
ResponderExcluirfundo e leve
jamais ilesa
é mantra quântica
pesa como reza
de quem vela o mundo
abs mano
E vamas nessa alquimia de transformar a treva em encantamento de poeta, né mano? Saudade de você, Marquinho! Abraços.
ResponderExcluirTransformar este peso em poesia: eis aí, talvez, a solução, Primeira Pessoa. Dissolver o ferro em éter para, com ele, imprimir-se/exprimir-se poeta. Abração, mano! Grato pela presença constante.
ResponderExcluirProcurei meu comentário, Bispo, não apareceu...Terá sumido? Não saberia me repetir, mas falava dos poetas, que não temem olhar o abismo e traduzir essa imensidão para os outros. Gosto muito da tua poesia.
ResponderExcluirBeijos,
Bípede, perder-se é talvez a melhor forma de encontrar-se. Observar na estrada a paisagem, as árvores, os atalhos, as nuvens, as pedras e tudo mais faz parte da nossa caminhada. Isso porque caminhar/navegar é preciso, como já dizia o mestre. Entao penso que só nos resta agradecer pela oportunidade de sondar tudo o quanto há, até mesmo os abismos. Eles nos permitem a humanidade do erro e a escalada das escarpas. Beijocas, mana!
ResponderExcluirTania, fico feliz com o seu sentimento. Não há nada melhor que se deixar levar por ar e telhados. Beijocas.o
ResponderExcluirHerdergaspio, grato por seu comentário e sua visita. E viva o Mundo de Alice!!! Beijocas.
ResponderExcluirTania, grato pela visita e pela presença. Seu comentário foi publicado com alegria. Esse sentimento do mundo dos poetas que o Drumond descreve tão bem é o que nos move vida afora, não? Ainda bem que podemos aliviar o peso da caixa d'água com os girassóis que brilham. E salve a Poesia!!! Beijocas! Apareça sempre, querida!!!
ResponderExcluirE vamos versejando... os abismos estão a nossa espera.
ResponderExcluirBelo, belo!
Mil beijos e muitos girassóis!
Estou cansada, acho que errei a concordância...
ResponderExcluirBonita, e que venham todos eles, os abismos, desabrochando sua essência em encantamento e poesia! Grato pela visita.
ResponderExcluirDri, não se preocupe. Em você tudo é concórdia e espontaneidade. E salve o oito! Aquele que não é e nem nunca será biscoito! Beijocas em você!
ResponderExcluirLa poesía es un girasol... y girando nos da la vida. Abrazo añil.
ResponderExcluirMujer de la Mancha, saludo a ti y todos los girasoles porque són bellos. Abrazos!
ResponderExcluirOlá gostei muito do seu blog e da sua poesia, em especial este aqui onde comento!
ResponderExcluirJá aderi!
Se quiser visitar o meu blog e espreitar o k escrevo aqui fica o endereço http://lualibra.blogspot.pt/
XOXO
Sarah
Sarah, grato pela visita, pelo comentário e pela adesão. Grato também pelo endereço e o contato. Vamos seguindo adiante nesta esfera de encontros e poesia. Abraços.
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