Saudade de amor
não é abafante.
É branda e
sempre galante
enovelando uma
ausência cálida.
Saudade de amor
não se abala.
Não queima
gorduras,
acanaviando-se
em noites longas.
Saudade de amor
carrega um nome,
gesticula carícias,
graceja memórias,
revela-se em
afagos de doces rimas.
Saudade de amor
borbulha vida
e não se
instala em abismos.
Não constrói
castelos longínquos
nem se prende
em espaços ínfimos.
Saudade de amor
é aérea.
Vem sem aviso prévio,
sem encosto fixo.
Não é acrílica
nem feita de nuvens indecisas.
Saudade de amor
não é adversa.
Nunca se
apressa nem se engole em brumas.
Saudade de amor
é pluma
e valsa
lentamente revolvendo sorrisos.
Saudade de amor
não se abezerra.
Ao contrário,
espera,
ondula-se
carinhosamente
volteando na
mente
a presença preciosa
do ser amado.
.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Reverbere!