O micróbio do
dinheiro
na ferida do
mendigo
ambiciona e faz
medo
no projeto em
que o rico
quando
deita se preocupa
que se afaste o
bandido,
que o desastre
da falência
fique longe do
seu circo
de aparência e
desfile,
de holofotes e
perigos,
de inveja
na revista
que destila seu
prestígio.
O dinheiro cria
perna,
salta longe
feito grilo
no mercado da
oferta,
na procura em
sigilo
mata fome, vira
ponte,
vira casa,
edifício,
operário na
labuta
sempre sua no
suplício,
sonha carro,
sonha vida,
sonha roupa,
sonha filho
e o dinheiro
sempre escapa,
vai na asa de
um trilho
vai pro banco,
vira vento,
roda o mundo no estribilho
sai do cofre,
vai no bolso
e num gesto de
esforço
sai do rico e
retorna
bem na rua onde
estende
e recebe
sorridente
a mão pobre do
mendigo.
.
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