sábado, 5 de janeiro de 2013
Maquiavélico
Ser distante a ofensas
numa paisagem
de azul amolecido.
Guardar desaforos
numa caixinha de fósforos e,
sem decoro, tornar-se
grão de trigo.
Entorpecer o tigre
ferocíssimo e,
em silêncio,
vigiar o vão onde
cabem rugidos
mas, acima de tudo,
não enfartar-se de raiva,
não entornar-se de mágoa,
não alvejar-se de tiros.
Eis o fino trato
para o cordial inimigo.
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Nossa, que receita! Eis o Nicolo...
ResponderExcluirBelo escrito, querido Bispo.
Desejo muita paz e poesia para você em 2013, e que, é claro, possamos nos rever.
Beijos!
o azul amolecido... e uma caixinha de fósforos para guardar desaforos.
ResponderExcluirbeleza de imagens e sentimentos.
ô, tinha um rugido em colosso ciclone?
tinha, acho, "feras bandidas, loucas, famintas"
esse é o guerrear.
beijão, bispo.
r.
Oi mano querido! "as feras loucas famintas" fazem parte do "cataclisma das calçadas", com certeza. Boa lembrança! Grato pela visita. Prometo reciprocidade. Abração.
ResponderExcluirAdriana Aleixo, o nicolinho não é moleza não, rsrsrs. O meu encontro com você foi uma das melhores coisas do ano passado. Gostei imensamente de conhecê-la. Já que estamos em contato no face (acho que, como tudo na vida, vem em boa hora, apesar de sugerir um certo atraso ficaremos mais próximos. Desejo-lhe Luz, Paz, Amor, Inspiração e muitas Felicidades neste ano que se inicia. Que possamos, sim, nos reencontrarmos para continuar a prosa e a poesia. Beijocas.
ResponderExcluirGrande, Bispo! Estou voltando do meu recesso e encontro essa maravilha! Ó, te lendo e já te relendo, porque tua poesia se encontrou co minha alma. Livrinho querido, mais um! :-)
ResponderExcluirBeijos,
Ô Taninha Linda, grato mais uma vez pela força. É um prazer saber que meus poemas moram numa alma como a sua e estão pertinho de você, ao alcance dos seus olhos. Beijocas
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