domingo, 20 de novembro de 2022

TRIUNVIRATO









Pelo movimento, agradecemos!

Sim. Agradecemos porque

verdadeiramente

Nada de tudo para.

A quietude se locomove,

desata-se, e sobe.

Depois desce, descansa, dorme.

Infinitamente Nada se define,

pois o finito não é fine.

É o instante que abarca o longe,

mas permanece em seu destino.

Sempre presente

foi, é, e será

numa eterna semente

que no existente está.

E assim, produtiva,

circula e não se perde.

Pelo universo vagueia,

passeia, se ativa,

ferve e se esfria.


No ciclo que se repete,

nunca é inerte.

Em repouso não se folga,

ao dormir não se perde.

Em tudo se robustece.

Quando se despede, retorna,

envelhece e se renova

no fio que tece.

Seu engenho trabalha,

e nele, nada fenece.

É o adubo da palha

que o milho se ergue.


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