No chão da língua
plantei um grão.
A terra seca desejava
a chuva aprisionada
ainda na vastidão.
E o grão pedia e imaginava
a sua árvore de frutos
onde o vento doce falava,
relembrando relíquias
de outros tempos difíceis
onde a esperança minguada
trancafiava-se na crise.
Mas as folhas sussurram,
mesmo na ausência de arvores
e comunicam lindas mensagens
que saciam securas
ao espalharem as tranças
da água vertiginosa
nas respostas faladas
no silêncio da prosa.
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