Músculo suado e rijo
de cavalo selvagem,
sufocas meu prazer
em ver a paisagem.
Apertas meu pescoço
até que o ar,
extinguindo-se num sopro,
já não possa respirar.
Gargalhas de modo
horroroso porque lá,
dentro do infinito poço,
está minha imagem
preservada em orgulho
e vaidade.
Quer deixar-se lá,
cômoda e inocente,
porque é melhor
não saber do lixo.
Não saber aonde
realmente existo
tranqüilo e impassível
num oceano de egoísmo.
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