A seu modo, o
artista malabarista na corda bamba,
faz da vida seu rumo
enquanto anda.
O seu voto é uma
espécie
de sacerdócio no
palco do mundo.
Às vezes ele vaga
anônimo e,
num aparente
ócio, enquanto espanta,
taxam-lhe de
vagabundo.
Na casa da arte, o
seu pseudônimo
é uma identidade
e o percurso indefinido
em trilha
aleatória, por tantas tentativas distantes,
enche-lhe a
vasilha vazia de sopa
com a multidão incontável
de instantes e pessoas.
Há quem diga que
os grandes artistas
deveriam ser preservados
e eternos,
mas, para o bem
de todas expectativas,
ao serem efêmeras
e rápidas as suas visitas,
fica esse rastro
luminoso de cismas
no caminho do
êxodo de um povo,
que necessita de
luminosidade e fogo
no deserto para alcançar
a terra prometida.
A herança de
todo Prometeu engorda
o saldo da
conta, mesmo quando não se obtém fama
e, de repente, a
Arte é um estado de espírito
que, por mais
que pareça esquisito, dá-se.
.
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