O mundo dos lobisomens
é feito
insistentemente do recomeço
porque o
fim do mundo mesmo,
não é onde Judas
perdeu as botas.
Não está no
final de uma rota
nem é o óbito
catastrófico
do vestígio de
um vento radioativo
ou terremoto a
varrer os portos
com ondas
imensas de um milhão de mortos.
O fim do mundo é
o insistente tropeço
cada vez que
desaparece o homem
e toma o seu
lugar o lobo vesgo.
Ao se destampar
a boca-de-lobo
para jorrar a
água dos esgotos,
há de se ter uma
pequena arca projetada
que carregue a
humanidade preservada
para conter o
impulso de um dilúvio súbito
que arraste a joia suscetível da calma.
No curso das
tolerâncias, a flor do lodo
é a esperança apaziguadora
dos mino-touros.
É a lúcida mansidão
diante de um soco.
É a resposta última
à febre insana
de não se lutar em vão diante de uma
atitude tirana que faça declinar,
por um segundo
que seja, a casa da nobreza
onde mora o tesouro do coração.
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