O Natal sideral é sem limite.
É sem fundo e sem alto,
sem frente e sem costas no que existe.
Aqui na Terra, é cheio de brilhos,
cheio de compras, luzes e vidrilhos.
O seu barulho se faz nos hinos,
na ceia, e nos festejos de um zelo
que faz com que ele seja esquecido
no fundo das palhas de um celeiro.
Enfraquecido e imperceptível,
seu palácio considerável
fica escondido junto com as estrelas
e os corpos celestiais do céu perfeito
que tem por costume, em seus feitos,
escutar os queixumes e desejos dos mortais.
Para o mago que persegue ensejos,
mesmo que o destino não seja claro,
a esperança dos desejos no
cisco debulhado, faz da agulha
no palheiro a grande preciosidade no
espaço vago.
O mago aposta na rota imprecisa de um
cálculo
que não tenha por base a física ou a
astronomia,
mas a jornada íntima e intuitiva que disponibiliza
a confiança no Alto como alvo a ser
buscado.
Isso, porque cada ser vivente, na rotina
dos espantos,
navega continuamente no que possui de planos.
Entretanto, sem considerar o salto interior em seu mar,
Entretanto, sem considerar o salto interior em seu mar,
onde a presença da estrela setentrional
é o contínuo Natal de cada dia,
mesmo que os desatentos marinheiros,
é o contínuo Natal de cada dia,
mesmo que os desatentos marinheiros,
na nebulosidade natural,
avistem apenas a corrente imprecisa
avistem apenas a corrente imprecisa
da trilha escorregadia que liga janeiro
a janeiro.
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