Não fique
triste, Nietzsche,
mas eu
prefiro Jesus.
Não pela
cruz,
mas pela
luz infinitamente linda
que nunca
finda.
Desculpe
o meu delírio, Marx,
mas
diante de tanta beleza,
foge-me
as palavras
feito
flor nas águas
de uma
correnteza,
pois que
a divindade
é de
tamanha simplicidade
que é
infinita fita envolvente
a
costurar somente
os
inocentes que se habilitam
a serem
seres que não são
nos
atributos seus,
juntos ao
coração de Deus,
na
sintonia de irmãos.
Perdoe-me,
ciência material,
mas nunca
existirá
cálculo
integral capaz de avaliar
a
grandeza Daquele que é
a própria
Natureza e está presente
a todo
instante no fundo e na beira,
mesmo que
o postulante nela não creia
e
argumente a fragilidade
como
necessidade de vê-la.
Essa
grandeza é a causa dos ventos,
do oceano
imenso, da noite e da manhã,
do calor,
da calma irmã, da chuva,
das
estrelas, das estações
e de toda
nobreza que brota nos corações.
Perdoe-me
Marx, mas
a
superestrutura não é a ideologia
na
conclusão prematura
de que o
mundo é uma elegia injusta.
Além das
ideologias paira uma lógica invisível,
que mesmo
sendo irreconhecível, em tudo atua.
Da mesma
forma, o super-homem
não é
aquele que anda numa corda bamba
e goza do
direito de ser homem.
O
super-homem é o ser humano
sem
cometer o engano
de
recusar o seu próprio tamanho.
A
vastidão insondável dos mistérios,
que seja
puro encantamento
no
vendaval dos intentos em defini-la.
Seja
infinita trilha feita de fé,
indescritível
e incalculável,
mas
alcançável naquilo que é
pela
intuição da verdadeira Poesia.
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