A exemplo da antiga Roma,
a felicidade globalizada
afirma-se além fronteiras e é cosmopolita.
Bebe na taça o melhor da vida
e propaga o corpo de Alcibíades
pelo sinal do satélite nas miríades.
Mas, na verdade,
é esfaqueada em dívidas
e vive em lugares ermos da cidade.
Vive nas barrancas de rio
e nos morros de lama,
longe dos frigoríficos
e das lojas de utensílios.
O seu nome, a manhã baldia
não proclama e nem pronuncia,
porque vive sempre com fome
no banquete da tecnologia.
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