Quando uma velha cadeira de balanço medita,
nela, uma alegria estranha se pontifica
porque o destino é na forma dos intestinos.
Sob as pequenas ruínas imperceptíveis do passado
desliza, então, no rumo mais adequado de compreender
algum antigo significado.
Enquanto visita as velhas rivalidades
e as mesquitas das animosidades,
examina a história aguda de infindáveis luas
no vai-e-vem das marés absolutas.
Compreende que tudo é vão na altura do chão
e tudo se torna pequeno diante do sereno.
A cadeira velha adormece, então,
em algum sono de mansidão,
sabendo que as franjas do tempo solene são,
sabendo que as franjas do tempo solene são,
na verdade, dentes que digerem
a dureza dos momentos infinitamente.
Úmida, ela balança-se e coleciona-se rediviva
no fundo das retinas,
acumulando vivência
em cada marca de ruína
no eterno aprendizado de leveza
que compõe a vida.
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