Para o Sol, que
é a bola do futebol,
não há chute
fútil,
não há chute
fácil.
A rede do time
adversário
é parte
imprescindível do espetáculo.
É lá que ela, a
bola, busca o tempo
todo amanhecer
através dos pés
ao desenhar-se
como se fosse o pão
na fome de se
atingir a meta.
Torna-se, assim,
para o alvo, a seta.
No suado trajeto
que é traçado
é como se o
universo, reinventado,
estivesse
reduzido a um retângulo
e o movimento
dos astros,
como que
brindando-o,
organizasse uma
festa neste cenário.
E assim, rola a
bola pelas laterais e no meio,
voa de um ponto
a outro de todo jeito,
buscando o
destino do corpo,
e desenha-se no
anseio
para a cabeça ou
o peito que a amortece
num diálogo de
quem a conhece.
De repente, no
passe
criado no
lampejo de um segundo,
amanhece outra
vez o mundo
quando a rede se
ilumina.
É gol!! Que
jogada linda!!!Chegou o novo dia.
Podemos, agora,
extravasar a alegria.
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