Na paixão do
povo não importa o miolo,
não importa a
gema do ovo
se o que mais
vale é o gosto.
Pouco importa se
o tronco é oco
e se isso é algo
bobo.
Na paixão do
povo existe sempre um lobo
porque há, em
toda paixão, aquele fogo,
aquela
tempestade por pouco.
E é assim que a
bola está no gramado
e em noventa e
poucos minutos haverá o resultado.
Naquele
retângulo verde haverá duas redes,
inicialmente
dormindo quietas,
mas que sonham e
têm pressa de abraçar a bola.
Sobre elas haverá
algo a ser dito
quando a bola
vencer o trajeto percorrido,
indo morrer dentro de seus domínios.
Isso quase
sempre é inevitável,
a não ser no
zero a zero,
pois a bola e a
rede se desejam sempre
da mesma forma
que a água deseja a sede.
Num destino que
só ela conhece o melhor caminho,
a bola entra
pela trave como se fosse passarinho
e por mais que o
goleiro se esforça, passa por ele
repetindo ou
inventando moda
e vai descansar
lá dentro, orgulhosa do seu invento,
naquele toque
que poderá trazer novo mote
às palavras de
algum narrador.
É a bola e seu
amor nos pés do craque,
arrancando gritos
incontidos
para figurar no
almanaque.
É gol outra vez
do time do coração.
O outro time é que
é sempre o freguês.
O meu time, não.
É aquele que será campeão!
.
demais, demais!!!!! é bola na rede rs
ResponderExcluirCom toda a certeza, mano! E que assim seja a nosso favor. rs. Grande abraço! Boa semana pra você!
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