Ana, daquela vez que te encontrei
numa folia italiana,
vestias um longo vestido e
tocavas um alaúde.
Por isso, embevecido, olhar-te foi
só o que pude.
Era a primeira vez em que eu te via
e a Idade Média em guerras ardia.
Desci do meu cavalo e saudei-te
na rua
no cumprimento dos templários.
Depois, desapareci nas Cruzadas
levado pelo século em longas asas,
e fiquei todo este tempo sem te
esquecer.
No movimento revoluto que gira a
roda,
eu te encontro agora, Ana,
com o mesmo sorriso de
antigamente
e esse brilho de sempre.
Agora, possuis outro nome e ao
meu lado andas.
Estamos apaixonados neste
esquecimento
e entrelaçados numa pretérita
história
que ao presente não importa,
mas por ela posso ver que o Amor
é reincidente,
unindo obstinadamente distâncias ausentes
das partes companheiras
com a mesma
atração que emoldura as estrelas.
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