Pela febre do
ouro, pela claridade da prata
e das pedras
preciosas, eu juro que não estou cego
e que essa coisa
chamada felicidade
deve ser maior
do que qualquer império.
Deve estar além
do sonho de qualquer riqueza.
Deve estar além
do ouro faiscado no regato raso,
além do
azul-marinho precioso que se esconde nos brejos,
dos diamantes
encantados nos rios velhos,
de quem se
vendeu pelo ouro e pelo sacrilégio.
Porque o ouro,
meu amigo, realiza muitos sonhos.
O ouro traz
prestígio e tapetes vermelhos.
O ouro traz o
gozo dos bens como tesouro
e constrói o
sucesso de um enredo.
Mas o ouro não
preenche o vazio profundo
em que antídoto
único é não ter e ser éter.
Ter acumulado o
impalpável feito de brilho,
de fumaça e
vento de estrela vésper.
Alimentar-se de
comida e de puro sentimento
e colher a
miragem que de longe chama
com a voz da
sonoridade dos manjares
convidando-nos a
conhecer alguns lugares.
Não é possível
ignorar o metal e sua capacidade de sustento
mas é preciso
examinar o tanto que isso se torna veneno.
O balão precisa
subir e os pesos precisam ser eliminados.
É preciso menos
de luxúria enganosa
e mais do
pássaro leve que, em seu casebre,
canta feliz na
manhã esplendorosa.
.
o vil metal e seus iguais, meu parceiro, eles ficam.
ResponderExcluirsó o que é leve eleva-se.
beijo grande
r.
Isso mesmo, mano. Leveza é a alma do negócio. Quanto mais leve, melhor! Abração e grato pela visita!
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