Na cidade coagulada nada muda.
Existem antúrios espúrios plantados nas ruas,
e a cartilagem do fluxo é calcificada
na geração poderosa que produz a ninhada.
Na arcada da boca está o arco do palácio
para a todo aquele que come mosca,
e o poder cicia a malha de plástico
para cobrir a esperança pouca.
A cidade coagulada e circunscrita no mapa
é inundada numa luz mortiça de alpiste
que atrai o oportunismo das aves de rapina
e o lucro fácil da circunstância persiste.
A rotina estagnada é cozida em banho-maria
e os vultos andam nas noites de berinjela madura.
As casas desabam em enchentes de chuva
muito anunciadas pela meteorologia.
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Na cidade coagulada nada muda.
ResponderExcluirExistem antúrios espúrios plantados nas ruas,
e a cartilagem do fluxo é calcificada
na geração poderosa que produz a ninhada.
Muito interessante essa , primeira parte do poema , ele que faz vc seguir adiante na leitura do poema , e é ele também que faz vc voltar atras , e voltar e voltar , sempre atras , ai que agente vé, que uma cidade coagulada nada muda... o resto do poema é para constatar , o que uma cidade coagulada tem ...muito bom ! parabéns !
ResponderExcluirGrato, Anônimo. Que bom que gostou! Infelizmente isso é uma realidade no Brasil. Esta cidade pode ser qualquer uma do nosso país. Abraços.
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