sábado, 8 de junho de 2013
Fotossíntese
Para Karla Nascimento
Quando avistei você,
preparei-me em gestações de cor,
formiguei-me em gols de garrincha,
tornei-me um balão suspenso em furores.
Desde que enxerguei você
eu me enchi de luz,
meu amontoado se desenlaçou
e passei a fraudar palavras de namorado
em poemas e canções alheias.
Você chegou assim bem na horinha
com o seu guindaste, suas flores de hipocampos,
suas lambretas de mar em fraternidades de poesia.
Chegou tornando-me todo hidrelétrico em desejo,
imprevidente nas imensidades e ilhéu em rumores.
Agora, as frases amorosas também se libertaram dos frascos
hermeticamente fechados e se encheram de ar.
Desde que lhe avistei
eu entrei em estado de fotossíntese
e minhas fortificações se dissolveram.
Agora, a infantaria das palavras já não mais se esconde
para que eu diga-lhe o meu amor com inchaço nos olhos
e as resistências em frangalhos.
Os sentimentos fósseis tornaram-se sódio iluminado
e passei a pulsar fosforescências de rapaz
que há muito buscava a sua paz.
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Es bello estar enamorado. Se palpa la luz desde más cerca ¡Enhorabuena si lo estás! ¡Enhorabuena si lo estáis! ¡Y a disfrutarlo! ¡Es hermoso ver a los enamorados!
ResponderExcluirpoemaço Bispo
ResponderExcluiro amor penetra sim
suave e belo
muralhas de palavras
para do outro lado
do nosso lado
varar poesia
viva e reviva
abração mano
Grato, mano. Pode vibrar que é isso mesmo. Que bom o Sol que se sempre se renova! Abração.
ResponderExcluirSim, índigo, o Amor é Azul, como dizemos aqui numa clara referência ao céu. Grato pelos comentários e pela presença motivadora. Abraços.
ResponderExcluirPingando amor desse poema. Que felicidade, Bispo! Suas palavras transbordam verdade. Beijo!
ResponderExcluirÉ isso mesmo, Adri. Poesia é também lugar de confissão e a minha não sabe ser de outro jeito. Grato pela presença. Beijocas.
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