Na teia da aldeia de McLuhan,
tarde em Zimbabwe,
manhã em Roterdã.
Na velocidade têxtil
e hábil de um alfarrábio,
um constante rolimã
na página estendida
com a notícia do dia,
mas ela não está nem aí.
Está sozinha nos afazeres de rotina.
No que abre e fecha
a flecha de um satélite na
retina,
fotografa o flagrante
no instante dela na piscina.
Sonâmbula e esquecida,
ela não vê a tarântula em sua vida
e deixa o tempo correr
porque o tempo não vaticina.
A guerra do Iraque
foi um baile, e o neon
no cheiro da Grande Maçã
não é doce ilusão em braile,
porque a rainha não se sente cega
e analfabeta na escuridão.
Depositou-se envolta
numa polpa de caqui
e a dificuldade alheia
não lhe interessa na pressa
em se exibir.
A sensualidade é a sua única verdade
A sensualidade é a sua única verdade
no concurso de uma beleza de areia
que desabrocha feito rosa
na beira da praia em maré-cheia.
.
.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Reverbere!