Violão, de longe ainda,
avisto o teu apelido de ponte.
Tuas cordas esticadas
na exatidão matemática,
mais parecem alças.
Dentro de cada parte
há um segredo que a madeira
esconde com arte.
Há esta sonoridade ambientada
que no fundo fez morada
e a tua voz aparece quando
vibra e ressoa
numa extensão,
como se fosse a voz
de uma pessoa
vibrando um coração.
Mesmo quando parado,
no canto encostado,
há esta canção silenciosa
adormecida em tuas cordas
à espera da aventura de ser extraída
da forma como se extrai a seiva
primordial da vida.
La pasión en las cuerdas y en el corazón de la guitarra.
ResponderExcluirAbrazo grande, Bispo.
Ah, Bispo… Tenho pensado tanto em violões… Estou querendo comprar um para mim e voltar a aprender e cantar. Sinto falta disso, e já não tenho muito tempo a perder. Seu poema me acordou hoje e tocou uma corda íntima.
ResponderExcluirSim, Índigo Horizonte, o violão é uma paixão constante de todos aqui no Brasil. É m instrumento tão popular como na Espanha. Grande abraço!
ResponderExcluirQue bom, Barbara Butler Bem-te-vi! É preciso cantar e é preciosa a presença da música em nossas vidas. Não perca tempo mesmo! Os violões são boa companhia sempre! Saudade de você! Beijocas.
ResponderExcluir