Pelo movimento, agradecemos!
Sim. Agradecemos porque
verdadeiramente
Nada de tudo para.
A quietude se locomove,
desata-se, e sobe.
Depois desce, descansa, dorme.
Infinitamente Nada se define,
pois o finito não é fine.
É o instante que abarca o longe,
mas permanece em seu destino.
Sempre presente
foi, é, e será
numa eterna semente
que no existente está.
E assim, produtiva,
circula e não se perde.
Pelo universo vagueia,
passeia, se ativa,
ferve e se esfria.
No ciclo que se repete,
nunca é inerte.
Em repouso não se folga,
ao dormir não se perde.
Em tudo se robustece.
Quando se despede, retorna,
envelhece e se renova
no fio que tece.
Seu engenho trabalha,
e nele, nada fenece.
É o adubo da palha