Em março desaguou a mágoa
apertada no mormaço
e o canoeiro que leva o sal para longe -
lá para onde as andorinhas
e as estrelas imitam as abelhas
e todas as tristezas viram mel -,
ressurgiu do céu.
Agora, a vítima foi embora.
Emagreceu-se das cachoeiras
e das tempestades de engorda.
A vítima, que apesar da onda,
havia cravado o seu ferro de âncora
e se recusara a boiar com as flores,
livrou-se do gozo que chora
e foi embora.
Foi no vento chorar
as mágoas em outro canto,
bater no peito em lamento
e se rastejar amargando
feito melão-de-são-Caetano.
.